terça-feira, 25 de novembro de 2008

Campinas sobre tela

Nos cantos de Campinas, um homem observa as belezas não percebidas aos olhares apressados. Seu nome é Hamilton Dorigatti, um artista plástico que reúne cerca de 80 obras retratando a cidade de Campinas. São 30 quadros mostrando as belezas da Lagoa do Taquaral, e mais 50 com detalhes da Estação da Paulista, da Rua 13 de maio, do Bosque dos Jequitibás e muito mais. O aposentado de 62 anos, que desde pequeno foi apaixonado pela arte, só agora teve tempo de se dedicar à pintura, e utiliza a técnica em óleo sobre tela para encantar quem admira essa cidade.





Por aconselhamento médico, Hamilton começou a caminhar na Lagoa do Taquaral, e sua falecida esposa sugeriu e o incentivou a pintar as belezas deste lugar, que serve de inspiração para os mais belos quadros do pintor. “Todo o Parque Portugal é um ícone do povo campineiro. É o maior centro de lazer da cidade. Todos nós amamos essa lagoa de muitas histórias”, afirmou o artista.





A cidade de Campinas possui muitos monumentos históricos e praças públicas que são inspiração para muitos artistas, mas nenhum tão atento quanto Hamilton. Ele observou mais de 80 pontos da cidade e seu povo que tiveram como resultado belos quadros. “Não basta ser um grande projeto arquitetônico. Não basta ser um local público. Não basta ser um local que se tire fotos maravilhosas. É necessário fornecer o clima para a pintura”, disse.



Todo esse trabalho foi reconhecido, e em agosto deste ano, Hamilton Dorigatti ganhou medalha de ouro na 2ª Exposição Oficial de Artes Plásticas do Clube Cultura, mas mesmo assim nunca perdeu a humildade. “Pessoalmente acho que sou mais um iniciante neste mundo mágico e colorido que me leva a sonhar”, concluiu

domingo, 2 de novembro de 2008

Adote um Gato

Em Campinas, uma ONG de assistência a gatos abandonados faz um trabalho diferenciado. Ao em vez de encaminharem os animais a abrigos, os voluntários do “Adote um Gato” usam lares temporários para familiarizarem os gatos de rua ao ambiente doméstico. Assim eles perdem parte do instinto selvagem e estarão prontos para serem adotados.


Os lares temporários são fornecidos por voluntários que recebem os animais em suas próprias casas e se comprometem a dar amor e carinho ao bichano, para que ele se torne dócil e domesticado, já que muitas vezes os animais recolhidos sofreram maus tratos e precisam voltar a confiar nos humanos.


A responsável pela ONG, Estela de Albuquerque, afirma que muitas vezes os animais estão mais seguros nos lares temporários, onde são vistoriados, do que com pessoas sem estrutura para cuidar de um gato. “As pessoas não imaginam que é caro criar um animal, depois que percebem os gastos, acabam abandonando o animal nas ruas novamente”. É por esse motivo que o grupo faz um trabalho especial para as pessoas que nunca tiveram gatos, enviando links sobre os hábitos e as necessidades dos felinos, respondendo perguntas por e-mail, e disponibilizando informações no próprio site da ONG. “a gente não deixa a pessoa sem suporte”, afirmou Gisele Vechin, voluntária do Adote um Gato.


O Adote um Gato, possui um centro de reabilitação para os felinos recolhidos das ruas. Assim que chegam recebem todas as vacinas necessárias, são vermifugados e principalmente, castrados. Para o Dr. Manoel Oliva Proença Netto, veterinário da ONG, “a castração é imprescindível, porque senão esse gato vai se transformar em doze, treze em questão de um ano”. Para eles a castração é tão importante que mesmo em alguns casos em que o gato não é doado castrado, o grupo obriga o adotante a assinar um termo em que a pessoa se compromete a castrar o animal o mais rápido possível.


Mesmo com todo o incentivo à adoção, não é tão fácil levar um gatinho pra casa. Além de pagar uma taxa de 80 reais por animal, é necessário preencher um formulário respondendo todas as perguntas que vão permitir saber qual será o melhor lar para o gato. Os voluntários do Adote um Gato são considerados exigentes, pois não deixam o gatinho nas mãos de qualquer um, mas é tudo pensando no bem estar do animal. “A gente investiu nesses gatinhos, amor, tempo e dinheiro”, concluiu Gisele.


Por ser uma iniciativa independente, a ONG não tem ajuda nenhuma do governo, e sobrevive basicamente de doações e da venda camisetas, adesivos e arranhadores para gatos. Toda a venda dos produtos, e divulgação dos animais para a adoção são feitos somente a partir do site www.adoteumgato.com.br.