domingo, 29 de março de 2009

Não deixe o samba morrer

Tudo começou na faculdade, reunindo os amigos, tomando uma cerveja e fazendo uma roda de samba. Desde lá se passaram 25 anos, e os cinco amigos continuam fazendo sucesso com o grupo Bons Tempos, que já realizou 56 shows por todo o Brasil.

Mesmo com a popularidade dos grupos de pagode que fazem sucesso na grande mídia, o samba não perde o público que aprecia a música de raiz, os batuques do pandeiro que caracterizam a música brasileira. “Por uma questão de contingência de mercado o pagode está na mídia, já o bom senso não está na mídia”, disse Newton Gmurczyk, integrante da banda.

O samba em sua longa trajetória foi usado para contar histórias de amor, para falar de política, resistir contra a ditadura e denunciar a desigualdade social. O samba foi e é até hoje uma forma de manter a consciência das pessoas para o que acontece no mundo.

Segundo Newton, mesmo com tantos tipos de músicas que existem hoje em dia, tanto nacionais como internacionais, ainda existem pessoas que pagam para assistir a um bom show de samba e voltam para casa satisfeitos, a única coisa que o samba não tem é divulgação. “Talvez se todo mundo tivesse acesso à divulgação da sua obra, o público poderia desenvolver um gosto, um juízo estético”.

E bons shows também marcaram a história do grupo Bons Tempos. Os cinco amigos sempre tocaram em bares, mas com o passar dos anos, sentiram a necessidade de experimentar coisas novas, e agora, diferentemente de outras bandas, eles realizam shows temáticos com cenário, figurino, e cenas teatrais. Dentre os shows que fizeram mais sucesso, estão os temáticos de Ary Barroso e Chico Buarque. Eles ainda têm um projeto de realizar um show temático sobre Vinícius de Moraes e um CD comemorando os 25 anos de existência do grupo, com as músicas que mais marcaram a história de cada um.

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