Nunca a tirania de imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram os domínios da arte à economia, da vida à política, passando a organizar de forma consciente e sistemática o império da passividade moderna, organizada em torno de uma falsificação geral da vida comum.
O espetáculo nada mais seria que o exagero da mídia, cuja natureza, indiscutivelmente boa, visto que serve para comunicar, pode muitas vezes levar a excessos. Os donos da sociedade censuram a plebe de espectadores pela tendência de entregar-se aos prazeres da mídia.
O espetáculo confundiu-se com a realidade. A sociedade moderna até o estágio do espetacular integrado, se caracteriza pela combinação de cinco aspectos principais: a incessante renovação tecnológica, a fusão econômico-estatal, o segredo generalizado, a mentira sem contestação e o presente perpétuo.
A circulação incessante da informação, que a cada instante retorna a uma lista bem sucinta das mesmas tolices, anunciadas com entusiasmo como novidades importantes, dizem respeito a condenação que este mundo parece ter pronunciado contra sua existência, às etapas de autodestruição da propaganda.
O primeiro intuito da dominação espetacular era fazer sumir o conhecimento histórico geral, pois nesse sentido o mais importante é o mais oculto. A vantagem que o espetáculo tirou dessa marginalização da historia, foi antes de tudo, abarcar sua própria historia, movimento de recente conquista do mundo.
Com as coisas no ponto em que estão, é possível encontrar autores coletivos empregados pela edição moderna, isto é, a que conseguiu a melhor divulgação comercial, deixando de lado os valores históricos que podem embalar uma cobertura cultural.
2 comentários:
Não seria o caso de citar o autor? Ainda que Debord aceite o plágio como necessário.
Postar um comentário